Lição 08 - Transgênero - Que Transrealidade é Essa
Lições Bíblicas do 3º trimestre de 2023 - CPAD | Classe: Adultos | Data da Aula: 20 de Agosto de 2023.
TEXTO ÁUREO
“Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á a sua mulher, e serão ambos uma carne.” (Gn 2.24)
VERDADE PRÁTICA
A sexualidade biblica é heterossexual, biologicamente definida conforme o sexo divinamente criado.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Mc 10.6 A formação biológica e binária do ser humano
Terça – Gn 1.26 O homem foi criado à imagem e semelhança moral de Deus
Quarta – 1 Co 7.3,4 Monogamia e heterossexualidade como modelos bíblicos da sexualidade
Quinta – 1 Ts 5.23 O homem é formado de partes material (corpo) e imaterial (espírito e alma)
Sexta – Gn 1.27; 2.24 O gênero do corpo é definido pelo sexo de criação: homem ou mulher
Sábado – Mt 19.4-6 A anatomia dos sexos serve ao propósito divino da sexualidade e da reprodução
Hinos Sugeridos: 124, 125, 525 da Harpa Cristã
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis 2.7,18-25
Gênesis 2
7 – E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente.
18 – E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele.
19 – Havendo, pois, o Senhor Deus formado da terra, todo animal do campo e toda ave dos céus, os trouxe a Adão, para este ver como lhes chamaria; e tudo o que Adão chamou a toda a alma vivente, isso foi o seu nome.
20 – E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos céus, e a todo animal do campo; mas para 0 homem não se achava adjutora que estivesse como diante dele.
21 – Então, O Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas e cerrou a carne em seu lugar.
22 – E da costela que o Senhor Deus tomou do homem formou uma mulher; e trouxe-a a Adão.
23 – E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada.
24 – Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.
25 – E ambos estavam nus, o homem e a sua mulher; e não se envergonhavam.
PLANO DE AULA
1 - INTRODUÇÃO
Vivemos em um período em que o corpo humano e a sexualidade tornaram-se questões relevantes. Reina uma nova “ortodoxia progressista” que tem com o projeto impor uma agenda desconstrucionista de cima para baixo, negando a base da biologia e da fé, e revelando uma verdadeira agressão identitária. Isso ocorre porque há movimentos com embasamento filosófico e crítico que recebem certa benevolência das mídias quanto à divulgação de suas agendas. Por isso, temos o objetivo de tratar esse assunto diante da Palavra de Deus, nossa regra de fé e prática na vida cristã.
2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Explicar que o fenômeno da transgeneridade abarca as questões de identidade de gênero, as distinções entre cisgênero e transgênero e a questão da sexualidade;
II) Reafirmar a visão bíblica a respeito do gênero;
III) elencar os efeitos da ideologia transgênica.
B) Motivação: Há pessoas que estão perdendo empregos por discordarem da agenda trans. Há estudantes que acabam por ficar isolados na universidade caso se descubra que ele está desalinhado com a “ortodoxia progressista”. Por esses e outros motivos é que devemos tratar a questão.
C) Sugestão de Método: A sugestão de método pedagógico desta semana tem a ver com a sua preparação de aula. Como se trata de um assunto que possui uma linguagem técnica, queremos sugerir que você faça a leitura da obra “Ama Teu Corpo”, editada pela CPAD, principalmente, o capítulo 6 cujo título é “Transgênero, Transrealidade”. Faça uma pequena síntese do assunto como consequência de sua leitura. Finalmente, introduza esta lição apresentando alguns pontos que chamaram a sua atenção. Dê um tempo mínimo para os alunos participarem e, em seguida, faça a exposição da aula, levando em conta a sua síntese e as questões levantadas pelos alunos.
3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: A presente lição auxilia o s alunos a discernirem os nossos dias. Por isso, incentivam-nos a não terem vergonha de assumir uma visão bíblica do Corpo
4- SUBSIDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 94, p.40, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Ao final do tópico, você encontrará auxílios estes auxílios:
1) O texto “Como Ser Humano” amplia o primeiro tópico com uma reflexão a respeito do propósito do corpo humano;
2) O texto “Acolhendo o Estrangeiro” aprofunda o segundo tópico, trazendo um exemplo concreto de pessoas que experimentaram a disforia de gênero, mas teve um encontro com Deus.
INTRODUÇÃO
Biblicamente, os seres humanos possuem um sexo biologicamente determinado, de conformação heterossexual (Gn 2.24). No entanto, a desconstrução dos valores e a revolução sexual apresentam novas formas de sexualidade, dentre elas, a transgeneridade. Nesta lição, veremos as características desse fenômeno, a visão bíblica de sexo, gênero e os efeitos da ideologia Transgênero. Nosso objetivo é reafirmar a vontade de Deus quanto ao ser humano viver de maneira coerente com o propósito divino por meio de seu sexo biológico.
Palavra-Chave: TRANSGÊNERO
I – COMPREENDENDO O PENSAMENTO DA TRANSGENERIDADE
1- Identidade de gênero. O gênero identifica os seres inequívocos do sexo masculino e feminino.
Não obstante, na década de 1970, as feministas usavam o termo “gênero” para o diferenciar do “sexo anatômico. As ciências sociais passaram a enfatizar que o comportamento social dos gêneros é estabelecido pela cultura e não pelas características biológicas do sexo. Assim , argumentam que uma pessoa não precisa se comportar de acordo com o seu sexo de nascimento. Alegam que o gênero e a orientação sexual não são determinados pelo sexo biológico. Nesse caso, avaliam que a relação sexual entre um macho e fêmea corresponde a papéis sociais impostos pelo contexto cultural e social, não pela constituição anatômica e biológica do corpo humano. Desse modo, validam qualquer comportamento sexual.
2- Cisgênero e Transgênero. Nos estudos de gêneros, dois termos são usados: “Cisgênero” e “Transgênero”.
Cisgênero se refere a pessoa cujo gênero está em concordância com o sexo de nascimento, ou seja, a fêmea nascida com genitália feminina que se reconhece mulher e o macho nascido com genitália masculina que se reconhece homem. Transgênero (ou Disforia de Gênero) classifica a pessoa cujo gênero está em oposição ao sexo de nascimento, ou seja, indivíduo que nasce com genitália masculina, mas que se assume mulher ou o que nasce com genitália feminina, mas que se assume homem . São pessoas que alegam ter nascido no corpo errado e se identificam com o gênero diferente do sexo biológico. O movimento social de representatividade desse grupo é chamado de LGBTQIAPN+. Essa cosmovisão ratifica a ideia de que a identidade de gênero independe do sexo biológico.
3- Transgênero e sexualidade.
Para os especialistas, a orientação sexual de uma pessoa é definida de acordo com o gênero que ela se identifica e por qual gênero sente atração sexual, a saber:
(a) heterossexual, quando a atração é pelo gênero oposto;
(b) homossexual, quando a atração é pelo mesmo gênero;
(c) bissexual, quando a atração é por ambos os gêneros;
(d) assexual, quando inexiste atração por gênero algum;
(e) pansexual, quando a atração não depende de gênero. Além dessas categorias, existem pessoas que se denominam não-binárias, que não se encaixam em nenhum gênero, nem masculino nem feminino. Desse modo, como nessa ideologia não há conexão entre sexo biológico e gênero, um a pessoa que se identifica como Transgênero transita livremente em todo o tipo de relação sexual.
SINOPSE I
O fenômeno da transgeneridade tem a ver com o questionamento da identidade de gênero.
AUXÍLIO APOLOGÉTICO
“COMO SER HUMANO
Se a natureza é teleológica, e o corpo humano é parte da natureza, então ele também é teleológico. O corpo tem um propósito intrínseco, e parte desse propósito é expresso como lei moral. Somos moralmente obrigados a tratar as pessoas de maneira que as ajude a cumprir o seu propósito. Isso explica por que a moralidade bíblica não é arbitrária. A moralidade é o guia para cumprir o propósito original de Deus para a humanidade, o manual de instruções para tornar-se o tipo de pessoa que Deus idealizou, o mapa para alcançar os telos humanos. […] A ética cristã sempre leva em conta os fatos da biologia, seja falando do aborto (os fatos cientificos sobre quando a vida começa), seja falando da sexualidade (os fatos sobre diferenciac;ao sexual e reprodução). A ética cristã respeita a teleologia da natureza e do corpo” (PEARCEY, Nancy. Ama Teu Corpo: Contrapondo a cultura que fragmenta o ser humano criado à imagem de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 20 21, p p .24-25).
II – REAFIRMANDO A VISÃO BÍBLICA DE GÊNERO
1- A constituição biológica.
Do hebraico adham, o homem foi formado do pó úmido da terra (Gn 2.7). Nosso Senhor ratificou que “desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea” (Mc 10.6). Nossa Declaração de Fé professa que o ser humano é constituído de três substâncias, uma física: corpo; e duas imateriais: espírito e alma (1 Ts 5.23; Hb 4.12). Desse modo, o corpo físico é o invólucro das partes imateriais (Gn 35.18; Dn 7.15). O gênero desse corpo é definido pelo sexo de criação geneticamente determinado: homem ou mulher (Gn 1.27; 2.24). Nesse caso, o sexo e o gênero estão relacionados com as características orgânicas do corpo e dos órgãos genitais. Significa que na criação divina, os cromossomos sexuais XY determinam o sexo masculino (macho) e os XX determinam o sexo feminino (fêmea).
2- A constituição moral.
O homem foi criado, dentre outros aspectos, à imagem e semelhança moral de Deus (Gn 1.26,27). Entretanto, o pecado corrompeu a moralidade do gênero humano (Gn 6.5). Por isso, no plano divino, os crentes precisam ser renovados segundo a semelhança moral original (Ef 4.22-24; Cl 3.10). Essa renovação é obra do Espírito Santo que opera interiormente e promove a santificação do espírito, da alma e do corpo (Rm 8.2-5,13,14; 1 Ts 5.23). Assim, aos salvos a Escritura diz: “não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal” (Rm 6.12). Desse modo, as práticas sexuais ilícitas são proibidas (Êx 20.14; Rm 1.26,27). A Bíblia ensina que a imoralidade sexual afronta o corpo, que é templo e morada do Espírito Santo (1 Co 6.18-20).
3- A constituição da sexualidade.
Ao criar o ser humano “ macho e fêmea”, Deus também instituiu a sexualidade (Gn 1.27,28). Sempre fez parte da criação original de Deus o homem unir-se sexualmente em uma só carne com sua mulher (Gn 2.24). Ao abordar o tema, o Senhor Jesus associou a anatomia dos sexos com o propósito divino da sexualidade e da reprodução (Mt 19.4-6). O relacionamento sexual conforme idealizado pelo Criador prevê uma satisfação completa entre homem e mulher na busca da realização conjugal e na procriação da espécie (Ec 9.9 ; SI 127.3-5). A união monogâmica e heterossexual configura o modelo bíblico de sexualidade (1 Co 7.3,4). Desse modo, no plano divino, o sexo, o gênero e a sexualidade não são meros estereótipos de construção social, mas estão biologicamente constituídos e intimamente relacionados.
SINOPSE II
A visão bíblica do corpo leva em conta a constituição biológica, moral e da sexualidade
AUXÍLIO APOLOGÉTICO
“ACOLHENDO O ESTRANGEIRO
Walt Heyer é um ex-transexual que começou como travesti e depois passou pela cirurgia de redesignação sexual para viver como mulher. Depois de oito anos, ele tornou-se cristão e acabou fazendo a transição reversa para viver como homem. Ele descobriu que mudar as suas roupas, corte de cabelo, carteira de identidade, carteira de motorista e até mesmo os seus genitais não mudou quem ele era. Em suas palavras, ele percebeu que "a restauração da minha sanidade só viria revertendo a mudança de gênero e voltando a viver como o homem que Deus me criou para ser" . Em suma, aceitando a sua identidade biológica como dom de Deus. […] A nossa única escolha é se aceitamos o nosso sexo biológico como dom de Deus ou se o rejeitamos” (PEARCEY, Nancy. Ama Teu Corpo: Contrapondo a cultura que fragmenta o ser humano criado à imagem de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2021, pp.227-28).
III- EFEITOS DA IDEOLOGIA TRANSGÊNERO
1- Depreciação da heterossexualidade.
Vimos que o modelo de sexualidade nas Escrituras é heterossexual (Gn 2.24; Mt 19.5; Mc 10.7; Ef 5.31). No entanto, ativistas atuam na desconstrução da orientação sexual ou bíblica. Em 1991, o termo heteronormatividade passou a ser utilizado em depreciação da prática heterossexual. É um a proposta de doutrinação para apresentar a crítica de que o reconhecimento da distinção biológica entre homem e mulher como dado óbvio do desenvolvimento humano e da realidade, ou seja, a heteronormatividade (que já é um termo doutrinador), é um sistema opressor e normatizador em que se obriga as pessoas a se relacionar apenas entre homem e mulher. Nesse sentido, acusam os héteros de preconceituosos, discriminadores e transfóbicos.
2- Construção de narrativas.
Militantes trans alegam que a subjetividade de alguém se sentir homem ou mulher deve se sobrepor aos aspectos biológicos. Nesse sentido, eles se rebelam contra a própria constituição biológica. Então, para adequar a insatisfação do próprio corpo com a mente, exigem terapia hormonal e cirurgia de redirecionamento sexual como pretensas soluções. Isso é tão sério que 0 ativismo na educação e saúde pública acaba se impondo no doutrinamento de crianças e adolescentes. Na busca de aceitação social, divulgam a ideia do nascimento no corpo errado. De outro lado, em 2017, a associação de pediatras americanos (American College of Pediatricians) publicou que:
(a) conflitos entre mente e corpo devem ser corrigidos pelo alinhamento do gênero (mente) com o sexo anatômico (corpo), e não fazendo intervenções invasivas no corpo;
(b) meninos não nascem com cérebro feminizado e meninas não nascem com cérebro masculinizado; e
(c) a ideia de pessoas presas no corpo errado é uma crença ideológica que não tem base na ciência rigorosa (Rm 9.20).
3- Linguagem neutra.
O movimento LGBTQIAPN+ requer a inserção de uma terminologia neutra ou não-binária na linguagem. O objetivo é identificar quem não se reconhece como masculino ou feminino. Os ativistas consideraram a gramática normativa como machista e elitista. Contudo, na Língua Portuguesa o gênero neutro é absorvido pelo masculino. Assim, o masculino é usado de modo genérico para identificar a espécie humana (homens e mulheres). Não obstante, a militância pretende substituir as vogais ‘a’ e ‘o’ na pretensão de neutralizar o gênero. Desse modo, a norma gramatical é desconstruída para atender à ideologia de gênero (Is 5.21)
SINOPSE III
Os efeitos da ideologia transgênica promovem uma agenda completamente anticristã.
CONCLUSÃO
O sexo, o gênero e a sexualidade fazem parte da constituição anatômica e fisiológica divinamente instituída. Nas Escrituras existem apenas duas possibilidades de gênero e anatomia sexual humana, ou seja, o masculino/ macho e o feminino/fêmea (Gn 1.27). Ao término da criação, “viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom” (Gn 1.31). Ele nao errou ao criar a sexualidade heterossexual para a humanidade. Portanto, ninguém nasce predeterminado a identificar-se como Transgênero. Muda-se a cultura, mas a Palavra de Deus permanece imutável (Mt 24.35).
REVISANDO O CONTEÚDO
A respeito de “Transgênero – Que Transrealidade é Essa”, responda:
1 • O que o gênero identifica?
R. O gênero identifica os seres inequívocos do sexo masculino e feminino.
2 • O que significa Cisgênero?
R. Refere-se a pessoa cujo gênero esta em concordância com o sexo de nascimento, ou seja, a femea nascida com genitália feminina que se reconhece mulher e o macho nascido com genitália masculina que se reconhece homem.
3 • O que o corpo físico é em relação às partes imateriais do ser humano?
R. O corpo físico é o invólucro das partes imateriais (Gn 35.18; Dn 7.15).
4 • O que sempre fez parte da criação original de Deus?
R. Sempre fez parte da criação original de Deus o homem unir-se sexualmente em uma só carne com sua mulher (Gn 2.24).
5 • Cite pelo menos um dado do estudo de pediatras americanos que contraria a ideia de redirecionamento sexual.
R. Conflitos entre mente e corpo devem ser corrigidos pelo alinhamento do gênero (mente) com o sexo anatômico (corpo), e nao fazendo intervenções invasivas no corpo.
fonte:CPAD
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