Lição
4 - Os Atributos do Ser Humano
Lições Bíblicas do 1º
trimestre de 2020 - CPAD | Classe de Adultos | Data da Aula - 26 de
Janeiro de 2020.
TEXTO ÁUREO
"Não sejais como o cavalo, nem
como a mula, que não têm entendimento, cuja boca
precisa de cabresto e freio, para que se não atirem a ti."
(Sl 32.9)
VERDADE PRÁTICA
Criado à imagem de Deus, o homem
é um ser espiritual, racional, livre e criativo; sua
missão primordial é glorificar o Criador e
Mantenedor de todas as coisas.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - At 17.22 - O homem é um ser espiritual
Terça - Sl 32.9 - O homem é um ser
racional
Quarta - Js 24.15 - O homem é um ser livre
Quinta - At 17.29 - O homem é um ser inventivo
Sexta - Gn 2.15 - O homem é um ser cultural
Sábado - Gn 2.18 - O homem é um ser
social
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 12.1-10
1- Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de
Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo,
santo e agradável a Deus, que é o vosso culto
racional.
2- E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos
pela renovação do vosso entendimento, para que
experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade
de Deus.
3- Porque, pela graça que me é dada, digo a cada
um dentre vós que não saiba mais do que
convém saber, mas que saiba com temperança,
conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um.
4- Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os
membros têm a mesma operação,
5- assim nós, que somos muitos, somos um só corpo
em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros.
6- De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que
nos é dada: se é profecia, seja ela segundo a
medida da fé;
7- se é ministério, seja em ministrasse
é ensinar, haja dedicação ao ensino;
8- ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte,
faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que
exercita misericórdia, com alegria.
9- O amor seja não fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos ao
bem.
10- Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal,
preferindo-vos em honra uns aos outros.
HINOS
SUGERIDOS: 25, 111, 242 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Mostrar a complexidade do ser humano, pois ele é um ser
espiritual, racional, livre e criativo.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o
professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o
objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos
subtópicos.
I - Explicar a espiritualidade humana;
II - Radiografar a racionalidade humana;
III - Expor a sociabilidade humana;
IV - Aclarar a liberdade humana;
V - Pontuar o trabalho e a criatividade humana.
• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
O ser humano possui vários atributos para viver e
influenciar este mundo. Somos chamados por Deus a cultivar uma
espiritualidade profunda que reflita uma sincera
devoção ao Pai. Somos chamados também
a usar a razão no sentido de compreender bem a realidade,
não podemos ignorá-la, pois foi Deus quem nos
deu. Somos chamados a viver em sociedade, jamais isolados das pessoas e
da realidade. Somos chamados a ser livres, na perspectiva espiritual,
social e política. Somos chamados a trabalhar com
criatividade para o Senhor e para o próximo. Em todas as
esferas da vida somos chamados a glorificar a Deus e a revelar seu
propósito para com o ser humano. Você é
chamado a edificar a vida do outro. Boa aula!
INTRODUÇÃO
Na aula de hoje, estudaremos os principais atributos do ser humano:
espiritualidade, racionalidade, sociabilidade, liberdade e
criatividade. Veremos que o homem, apesar da queda, continua a executar
a missão que Deus lhe entregou no Éden. A
desobediência humana não frustrou os planos
divinos.
Se Deus assim nos dotou, usemos cada um de nossos atributos para
glorificá-lo. No aperfeiçoamento destes, leiamos
a Bíblia, oremos, vigiemos noite e dia, evangelizemos e
exerçamos o amor cristão. Em suma, portemo-nos de
tal forma, para que o Pai Celeste seja exaltado, eternamente,
através de nossas qualidades espirituais,
psicológicas e físicas.
Que o Espírito Santo nos abra o entendimento e leve-nos a
conhecer as demandas e as reivindicações da
Palavra de Deus.
PONTO CENTRAL
O ser humano é um ser espiritual, racional, livre e criativo.
I – A ESPIRITUALIDADE HUMANA
Neste
tópico, aprenderemos que o homem é,
também, um ser espiritual. Vejamos, pois, a origem de nosso
espírito, seu anseio natural por Deus e como ele pode ser
revivificado.
1. A origem divina de nosso espírito.
Após formar Adão do pó da terra, o
Senhor Deus soprou-lhe nas narinas o fôlego de vida (Gn 2.7).
A partir daquele momento, o homem passou a ser alma vivente.
2. O anseio natural do espírito humano.
Sendo proveniente de Deus, o espírito humano anseia pelo Pai
Celeste, conforme Paulo muito bem acentuou aos atenienses (At
17.21,22). Já o salmista confessou que a sua alma suspirava
por Deus (Sl 42.1). Infelizmente, não são poucos
os que, devido a uma vida ímpia e blasfema, sufocam o seu
anseio pelo Criador.
3. A revivificação do espirito humano.
Através de sua morte redentora, Jesus Cristo vivifica o
homem que jaz morto espiritualmente (Ef 2.1; Cl 2.13). Só
Ele é a ressurreição e a vida (Jo
11.25).
SÍNTESE
DO TÓPICO I
O espírito humano tem origem divina, por isso, naturalmente,
ele anseia pelo Pai Celeste.
SUBSÍDIO DIDÁTICO -
PEDAGÓGICO
Faça uma reflexão introdutória a
respeito da espiritualidade humana. 0 que nos faz buscar a Deus? De
onde vem a necessidade de termos comunhão com o Pai? Use
este fragmento textual para aprofundar a sua reflexão com a
classe: “O 'espírito' é considerado um
poder sublime que estabelece os seres humanos na dimensão
espiritual e os capacita à comunhão com Deus.
Pode-se distinguir o espírito da alma, sendo aquele 'a sede
das qualidades espirituais do indivíduo ao passo que nesta
residem os traços da personalidade’. Embora
distinto entre si, não é possível
separar alma e espírito. Pearlman declara: 'A alma sobrevive
à morte porque é energizada pelo
espírito, mas alma e espírito são
inseparáveis porque o espírito está
entretecido na própria textura da alma, são
fundidos e caldeados numa só substância'" (HORTON,
Stanley M. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva
Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p.248).
II - A RACIONALIDADE HUMANA
Tenhamos em mente esta
proposição: Deus é um ser racional.
Logo, há perfeita harmonia entre a genuína
razão e a fé bíblica. Por isso mesmo,
Ele requer, de cada um de nós, um culto racional.
1. Deus é um ser racional.
Certa vez, o Senhor desafiou o povo de Judá, que
caíra na apostasia, a argumentar acerca do verdadeiro
caminho (Is 1.18-20). Portanto, Ele requer de seus servos uma postura
racional, porquanto dotou-nos de razão. Não temos
uma natureza animal e bruta, mas racional e inteligente (Sl 32.9).
2. A harmonia entre racionalidade e espiritualidade.
A verdadeira espiritualidade manifesta-se de maneira racional, pois o
nosso Deus é um ser racional. Ele não
é de confusão (1 Co 14.33). Para que o agrademos,
o Espírito Santo nos desenvolve a inteligência
espiritual (Cl 1.9).
3. O culto racional agrada a Deus.
Posto que Deus é um ser racional, devemos
cultuá-lo racionalmente (Rm 12.1). Isso significa, antes de
tudo, que a nossa adoração a Deus tem de ser
perfeitamente entendida, explicada e praticada (Êx 12.26; 1
Pe 3.15). Doutra forma, não terá valor algum (Jo
4.22). Aliás, o culto cristão é o mais
racional de todos, apesar de parecer, para os incrédulos,
escândalo e loucura (1 Co 1.18,24).
SÍNTESE
DO TÓPICO II
Deus é um ser racional. Logo, há perfeita
harmonia entre a genuína razão e a fé
bíblica.
SUBSÍDIO
BÍBLICO-TEOLÓGICO
“O que Paulo quer dizer por 'culto racional' [logiken]' tem
sido motivo de debate. A palavra grega logikos (forma léxica
de logiken), a qual Paulo não usa em outra parte dos seus
escritos, era extensamente usada por filósofos gregos.
Denotava 'racionalidade', quer dizer, as características que
distinguem os seres humanos dos animais. A expressão 'culto
racional' preserva este sentido. (...) Em outras palavras, Paulo
arrazoa em favor de um culto que seja lógico ou apropriado
para os que vivem no Espírito (Fee, 1994, p.601), os quais,
[...], são guiados num comportamento apropriado pela mente
renovada" (HORTON, Stanley M. Comentário Bíblico
Pentecostal Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.892).
III - A SOCIABILIDADE HUMANA
Deus nos criou
sociáveis; a solidão é
contrária à nossa natureza. Por isso, Deus
instituiu a família e, só depois, o Estado.
1. A solidão é nociva ao ser humano.
No período da criação, a
única coisa que Deus afirmou não ser boa foi a
solidão (Gn 2.18). Por esse motivo, Deus fez a mulher para
que o homem tivesse uma companhia idônea e sábia
(Gn 2.21-25). Somente os que se insurgem contra a verdadeira sabedoria
buscam viver isolada e solitariamente (Pv 18.1).
2. A família é a origem da sociedade humana.
A família é mais importante que a sociedade e
mais imprescindível que o Estado, pois ambos dependem do lar
doméstico. Salomão, um dos maiores estadistas de
todos os tempos, escreveu dois salmos (127 e 128), exaltando o papel
fundamental da família na sociedade e no Estado.
3. A Igreja de Cristo, a sociedade perfeita.
No Novo Testamento, a Igreja de Cristo é apresentada como a
sociedade perfeita, porque nela todos formamos um único
corpo (1 Co 12.13). Essa união, impensável em
termos sociológicos, é denominada o
mistério de Deus pelo apóstolo Paulo (Ef 3.1-12).
SÍNTESE
DO TÓPICO III
Deus criou os seres humanos gregários e sociais; a
solidão é contrária à
natureza humana.
IV - A LIBERDADE HUMANA
Deus concedeu-nos o
livre-arbítrio, para que escolhêssemos entre o bem
e o mal. Se, por um lado, temos a liberdade de agir, por outro,
não podemos esquecer-nos da soberania divina.
1. O livre-arbítrio.
O livre-arbítrio pode ser definido como a capacidade humana
de tomar livremente uma decisão. Tal atributo é
observado em diversas passagens das Escrituras (Gn 13.9; Js 24.15; Hb
4.7).
2. O ato de decidir.
Segundo a Bíblia, o ato de decidir entre o bem e o mal,
entre Deus e os ídolos e entre aceitar Jesus e
recusá-lo, é um direito que o Todo-Poderoso nos
concedeu (Gn 2.9; 1 Rs 18.21; Mc 16.15,16).
3. A soberania divina.
Já que Deus concedeu-nos o direito de escolha, ajamos com
responsabilidade e discernimento, porque todos seremos
responsabilizados por nossas escolhas (Ec 11.9; Rm 14.12). Portanto, o
livre-arbítrio humano e a soberania divina não
são excludentes; são perfeitamente
harmônicos.
SÍNTESE
DO TÓPICO IV
Deus concedeu o livre-arbítrio ao ser humano para que
escolhesse entre o bem e o mal.
V - A CRIATIVIDADE HUMANA E O TRABALHO
O trabalho
não é consequência do pecado, mas uma
bênção na vida do homem. Neste
tópico, veremos que, através do trabalho, o ser
humano transforma e preserva a terra.
1. A dignidade do trabalho.
Deus criou o homem para trabalhar a terra, ará-la e
transformá-la, a fim de torná-la
habitável (Gn 1.26; 2.15). Por conseguinte, o trabalho
não é um castigo devido ao pecado de
Adão, mas uma bênção a todos
os seus descendentes. A queda apenas tornou as atividades laborais mais
árduas e estressantes (Gn 3.17-19).
2. A criatividade humana.
Os descendentes de Adão, trabalhando metodicamente,
desenvolveram em pouco tempo as mais variadas técnicas (Gn
4.2,3,20-22). Rapidamente, evoluíram. Na terceira
geração, já dominavam a agricultura, a
pecuária, a metalurgia e a arte musical.
A partir da torre de Babel, o homem já dava mostras de ter
condições de dominar todo o planeta, em virtude
de sua criatividade (Gn 11.6). Todavia, jamais poderemos ultrapassar os
limites que o Senhor nos estabeleceu.
SÍNTESE
DO TÓPICO V
Através do trabalho, o ser humano transforma e preserva a
terra.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"Quando chegamos no Novo
Testamento, a primeira coisa que notamos é que todo o povo
de Deus é dotado e chamado para fazer várias
obras pelo Espirito de Deus (veja Atos 2.17; 1 Coríntios
12.7), e não apenas as pessoas especiais como os
artesãos do Templo, reis ou profetas. Colocado no contexto
do novo concerto, as passagens do Antigo Testamento citadas
hão pouco proveem ilustrações
bíblicas para uma compreensão
carismática de todos os tipos básicos de trabalho
humano: Todo trabalho humano, quer seja complicado ou simples,
é possibilitado pela operação do
Espírito de Deus na pessoa que trabalha. Como poderia ser
diferente? Se a vida inteira do cristão é por
definição uma vida no Espírito,
então o trabalho não pode ser
exceção, quer seja trabalho religioso ou trabalho
secular, trabalho ‘espiritual' ou trabalho mundano. Em outras
palavras, trabalhar no Espírito é uma
dimensão do andar cristão no Espírito
(Veja Romanos 8.4; Gálatas 5.16-25)" (PALMER, Michael D.
(Ed.). Panorama do Pensamento Cristão. Rio de Janeiro: CPAD,
2001, p.228).
CONCLUSÃO
Em seu
discurso em Atenas, Paulo reconhece todos os atributos que o Criador
concedeu ao ser humano. Apesar da queda, a humanidade vem evoluindo
continuamente. Mas, em termos espirituais, o homem regride rumo ao
abismo. Somente o Evangelho de Cristo é capaz de
restaurar-nos plenamente. Por isso, o Senhor Jesus é o nosso
Salvador pessoal. Sem Ele, a vida humana perde todo o sentido e o
encanto.
PARA REFLETIR
A respeito de “Os Atributos do Ser Humano”,
responda:
1 • Segundo a lição, quais os atributos do ser humano?
Os principais atributos do ser humano são: espiritualidade,
racionalidade, sociabilidade, liberdade e criatividade.
2 • Discorra sobre a espiritualidade humana.
Sendo proveniente de Deus, o espírito humano anseia pelo Pai
Celeste, conforme Paulo muito bem acentuou aos atenienses (At 17.21,22).
3 • Deus é um ser racional? Apresente uma
prova bíblica.
Sim. Certa vez, o Senhor desafiou o povo de Judá, que
caíra na apostasia, a arrazoar acerca do verdadeiro caminho
(Is 1.18-20).
4 • Fale sobre o senso sociável do homem.
Deus nos criou sociáveis; a solidão é
contrária à nossa natureza. Por isso, Deus
instituiu a família e, só depois, o Estado.
5 • O trabalho é uma
consequência do pecado?
Explique por quê.
Deus criou o homem para trabalhar a terra, ará-la e
transformá-la, a fim de torná-la
habitável (Gn 1.26; 2.15). Por conseguinte, o trabalho
não é um castigo devido ao pecado de
Adão, mas uma bênção a todos
os seus descendentes
Fonte:CPAD
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