Lição 12 - A crucificação mais impactante do mundo
Lições Bíblicas do 3°
trimestre de 2019 - BETEL - Classe: Adultos - Data da Aula: 22 de
Setembro de 2019.
Texto Áureo
E, quando chegaram ao lugar chamado a Caveira, ali o crucificaram, e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda. (Lucas 23.33)
Verdade Aplicada
Nenhuma morte causou tanto impacto no mundo presente e porvir do que a morte de Jesus Cristo.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Lucas 23.33-37
33 - E, quando chegaram ao lugar chamado a Caveira, ali o crucificaram, e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda.
34 - E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. E, repartindo as suas vestes, lançaram sortes.
35 - E o povo estava olhando. E também os príncipes zombavam dele, dizendo: Aos outros salvou, salve-se a si mesmo, se este é o Cristo, o escolhido de Deus.
36 - E também os soldados o escarneciam, chegando-se a ele, e apresentando-lhe vinagre.
37 - E dizendo: Se tu és o Rei dos Judeus, salva-te a ti mesmo.
Introdução
A morte de Jesus foi um evento que impactou o mundo. Até hoje, Sua morte é lembrada, anunciada, cantada pelo seu aspecto revelador e por fazer parte dos atos redentores de Deus para a humanidade, conforme Seu plano de salvação feito antes da fundação do mundo (1Pe 1.20).
1. Momentos preliminares à crucificação
Embora traído por um de Seus apóstolos, Jesus não resistiu à prisão. Mesmo nas mãos de seus algozes, não se deixou vencer pelo mal, mas cumpriu a vontade do Pai até o fim.
1.1. Momentos de agonia e oração
Jesus sentiu-se angustiado diante da morte e por isso orou ao Pai celestial que se possível o livrasse daquela hora (Lc 22.39-46). Era necessário que Ele tomasse daquele cálice de sofrimentos. Por esse motivo, Jesus ora mais intensamente, o Seu suor se transformou em gotas de sangue e o um anjo do céu O confortava. Enquanto isso, Seus discípulos dormiam. Jesus venceu através da oração.
1.2. Momento da prisão
O momento da prisão ocorreu ainda de madrugada, enquanto Jesus advertia os discípulos quanto à oração ( Lc 22.47-53). Judas conduziu a guarda do templo, os anciãos e os principais dos sacerdotes até o lugar em que Jesus estava (Lc 22.52; Jo 18.3). O sinal combinado para a indicação de que a pessoa a ser pressa era Jesus foi a saudação com ósculo, e assim Iscariotes fez. Nesse momento, os discípulos tentaram reagir rapidamente: “Senhor, feriremos à espada?”. E Pedro desferiu um golpe com a espada em Malco, servo do sumo sacerdote, cotando-lhe a orelha. A seguir, Jesus não permitiu que resistissem, curou Malco e ordenou aos discípulos que parassem, pois aquilo era desígnio de Deus (Jo 18.10-11).
1.3. A negação de Pedro
Pedro, muito desejoso de saber como tudo aquilo terminaria, seguiu a Jesus de longe (Lc 22.54-62). Mesmo distante, ao ser interrogado por uma criada do sumo sacerdote, negou que conhecesse a Jesus. Depois, negou diante de dois outros homens, totalizando três vezes. Na terceira negação, o galo cantou, Jesus de longe olhou para Pedro e este retirou-se e chorou amargamente. Na verdade, todos os Seus discípulos o abandonaram e fugiram quando da Sua prisão (Mt 26.56; Mc 14.50). Pedro e outro discípulo (tradicionalmente identificado como João) seguiram a Jesus até onde estava o sumo sacerdote Anás. Este outro discípulo entrou na sala da autoridade religiosa (Jo 18.15-16). Entretanto Pedro o negou três vezes. Se queremos ser diferentes de Pedro, nós precisamos ouvir mais a Jesus.
2. Julgamento para a crucificação
Jesus foi submetido a três julgamentos: o do Sinédrio, o de Pilatos e o de Herodes. Em nenhum deles, Jesus foi julgado corretamente, tendo em vista a Sua inocência e a ausência de provas. Contudo, era desígnio de Deus que assim acontecesse, para o cumprimento das Escrituras.
2.1. O julgamento do Sinédrio
Muitos dos escribas e sacerdotes devem ter sido surpreendidos com uma convocação de última hora para um concilio (Lc 22.66-71). O propósito da reunião era procurar algum testemunho falso contra Jesus, para que fosse condenado à morte (Mt 26.59). Caso admitisse, seria condenado por blasfêmia, por se autodenominar o Cristo; se o negasse, talvez ficasse livre. A pretensão da maioria dos sacerdotes era a condenação definitiva de Jesus, pois a partir daí poderiam encaminhá-lo para a coorte herodiana ou romana para terem a sua execução consumada. Admitir diante de um Tribunal Supremo ser o Cristo era assinar sentença de morte. Como Jesus não negou a Sua identidade e filiação divina, foi condenado e enviado para Pilatos.
2.2. Jesus diante de Pilatos e Herodes
O Sinédrio, após ter a confissão de Jesus de Nazaré de que Ele era o Cristo, o Filho de Deus, O encaminhou para Pilatos, que o examinou a seguir (Lc 23.1-6). Então, não achando culpa alguma em Jesus e sabendo Pilatos que Ele era da Galileia remeteu-o para Herodes (Lc 23.7). Este esperava que Jesus fizesse alguma maravilha diante dele, mas Jesus apenas ficou em silêncio. Enquanto isso os sacerdotes o acusavam com grande veemência, buscando a morte de Jesus. Herodes vendo Jesus em silêncio, o desprezou, escarneceu dEle e pôs uma veste resplandecente e remeteu de volta para Pilatos. Os milagres de Deus não são para satisfazer curiosidades ou servir de entretenimento.
2.3. O julgamento de Pilatos
Quanto à pena de execução, ela não poderia ser aplicada pelo Sinédrio. Então, o Sinédrio fez de tudo para que Jesus fosse condenado com a pena máxima, tanto junto a Herodes quanto junto a Pilatos (Lc 23.13-25). Segundo as leis romanas, Pilatos não viu qualquer coisa para que Jesus merecesse tal condenação (Lc 23.4). Ao recebê-lo de volta da parte de Herodes, tentou livrá-lo da condenação, dizendo, dizendo: "Eis que, examinando-o na vossa presença, nenhuma culpa, das de que o acusais, acho nesse homem". Porém, a multidão gritava: "Crucifica-o! Crucifica-o!". Como era costume soltar um preso, Pilatos fê-los decidir entre Barrabás e Jesus. A multidão escolheu soltar Barrabás.
3. A crucificação
Jesus obedeceu a vontade do Pai Celestial. Por Seu amor para com o homem, Ele escolheu morrer. Ele “suportou a cruz” e deu vida e luz aos homens (Hb 12.2).
3.1. A caminho da crucificação
Depois de ver Jesus castigado com um terrível açoite, o que foi uma tentativa infrutífera de Pilatos em soltá-lo, os sacerdotes e a multidão ainda assim vociferavam: “Crucifica-o!” (Lc 23.23). Jesus foi condenado à crucificação. Puseram a cruz sobre Ele, mas, esgotado do espancamento e das dores dos açoites, Ele já não tinha forças para carrega-la. Então, Simão de Cirene, que vinha do campo, foi quem carregou a cruz até o Calvário. A caminho do Calvário, muitas mulheres lamentavam, choravam e batiam no peito o triste destino de Jesus. Mesmo sangrando, ferido, cansado e sofrendo, ainda assim, transmite admoestações proféticas às mulheres (Lc 23.28-31). Cumpriu integralmente Sua missão profética.
3.2. A crucificação que dividiu a história
A crucificação de Jesus transpira amor (Lc 23.33-46). Jesus foi colocado entre dois criminosos e Suas dores eram terríveis. Os chefes do povo e os ladrões zombavam, os soldados escarneciam, mas Ele orava: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”. Um dos ladrões se arrepende e lhe diz: “Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino”. E Jesus lhe diz: “Hoje estarás comigo no Paraíso”. A crucificação de Jesus nos revela ao máximo o amor divino para salvar e transformar os corações cansados, angustiados e traumatizados.
3.3. A morte de Jesus
Jesus ficou pendurado na cruz diante de todos em meio a dois criminosos. Houve trevas desde o meio dia até a hora do sacrifício, ou seja, até às três da tarde. Quando o véu do templo rasgou de alto abaixo, Jesus, reunindo forças que ainda tinha, clamou com grande voz: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espirito” (Lc 23.46). Dito isto, expirou. E o centurião ali presente exclamou: “Este homem era justo” (Lc 23.47). A multidão que assistia a todo aquele espetáculo, agora comovida, batia no peito enquanto regressava para casa (Lc 23.48). A esse respeito o próprio Filho de Deus disse durante a ceia: "Isto é meu corpo, que por vós é dado" (Lc 22.19).
CONCLUSÃO
A crucificação de Jesus dividiu a história. Não foi um “acidente de percurso”, mas plano de Deus desde a fundação do mundo (Ap 13.8). Disse Martinho Lutero: “A doutrina cristã distingue-se de qualquer outra, pois é a doutrina da cruz. Quem compreende perfeitamente a cruz, compreende a Cristo e a Bíblia”.
QUESTIONÁRIO
1. Quando ocorreu a prisão de Jesus?
De Madrugada (Lc 22.47-53)
2. Quantas vezes Pedro negou a Jesus?
Três vezes (Lc 22.54-62)
3. A quantos julgamentos Jesus foi submetido?
A três: o do Sinédrio, o de Pilatos e o de Herodes (Lc 22.66-71)
4. O que a crucificação de Jesus transpira?
Amor (Lc 23.33-46)
5. O que a crucificação de Jesus nos revela ao máximo?
O amor divino para salvar e transformar os corações cansados, angustiados e traumatizados (Jo 3.16).
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